Lei LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais

Sabia que a Lei da LGPD e aquele botão de aceitar cookies que aparece na maioria dos sites tem total relação? A LGPD é uma importante lei de proteção aos dados pessoais de clientes e usuários. Sendo interessante que toda a sociedade conheça melhor essa lei, para se proteger de vazamentos de suas informações pessoais. Além disso, a lei serve como parâmetro de como cada empresa deve atuar na coleta e utilização de dados de seus clientes.

Sendo um marco importante para a sociedade brasileira. Justamente por evitar constrangimentos e problemas graves em relação ao uso de dados de consumidores de maneira indiscriminada. É por isso que, todas as empresas nacionais precisam se atualizar e implementar as orientações trazidas pela nova lei, para atuarem de maneira legalizada e coerente. Confira algumas informações úteis para o cotidiano de seu negócio nesse novo cenário.

Entendendo a LGPD
Desenvolvida com o principal objetivo de regulamentar o tratamento de dados pessoais de clientes e usuários por parte de empresas públicas e privadas, a lei impõe algumas regras em relação ao uso dos dados de clientes. Sendo um importante mecanismo de proteção para o consumidor e público em geral. De modo que, as informações pessoais de um consumidor não possam ser vendidas para bancos de dados indiscriminadamente, como vinha acontecendo.

A LGPD é uma lei que está trazendo várias novidades para o âmbito digital, sendo necessário que todos se adaptem ao novo cenário que se impõe. De maneira geral, a nova lei proíbe que empresas privadas ou públicas usem de forma indiscriminada os dados pessoais informados por meio de cadastros de seus clientes.

Além disso, a lei também é útil para garantir aos cidadãos brasileiros, o direito de ser informado sobre como será o uso de suas informações. Assim como, rege que a empresa precisa informar o motivo pelo qual está coletando as informações de seus consumidores.

LGPD: cada cidadão deve autorizar o compartilhamento de suas informações Uma prática que era muito comum no Brasil por parte de algumas empresas, é de montar um banco de dados com informações de seus usuários e posteriormente vender esses dados. Dessa forma, cada cliente teria seus dados expostos a terceiros de maneira incontrolável e muitas vezes indesejadas. Entretanto, a partir da LGPD, a empresa é responsável por explicar ao seu cliente por qual motivo está coletando seus dados. Bem como, é obrigada a solicitar a autorização prévia para utilizar ou compartilhar essas informações coletadas.

Outra vitória trazida pela LGPD para os consumidores é que, a partir da nova lei todo cidadão pode exigir que uma empresa informe se possui algum dado seu. Caso seja vontade desse consumidor, ele também poderá solicitar que a empresa apague todos os seus dados que estão armazenados. De modo que, exista risco ainda menor de que a empresa use os dados dessa pessoa em desacordo com o desejo desse consumidor.

Esse é um marco importante para o cliente, que assume o controle sobre suas informações. Afinal, é necessário fornecer esses dados em diferentes lugares, seja para efetuar uma compra ou para obter descontos e vantagens em futuras aquisições. Mas isso não dá a empresa o direito de usar esses dados em benefício próprio, realizando venda de informações pessoais.

E caso o cliente sinta necessidade, é possível solicitar que a empresa apague suas informações após algum episódio que seja desconfortável para o consumidor ou por mero desejo. Devolver o poder de decisão para o proprietário dos dados é fundamental, para que todas as empresas entendam definitivamente a importância de lidar com as informações de seus consumidores de forma coerente.

As empresas precisam conscientizar seus funcionários A implementação da LGPD é uma obrigatoriedade que desencadeia a necessidade de conscientização de toda a equipe. Tendo em vista que, as empresas poderão responder criminalmente pelo vazamento de dados de clientes. Sendo algo que além da questão criminal, implica em crise de imagem para a empresa perante a sociedade. Por isso, é fundamental que as empresas invistam em um programa de conscientização, objetivando:

• Minimizar os riscos de incidentes com os dados de clientes; • Garantir a segurança como uma estratégia da empresa; • Cumprir todas as exigências regulatórias e de auditoria.

Dessa forma, a empresa estará resguardada, evitando qualquer tipo de problema legal por causa da conduta inadequada de um colaborador. Ao treinar a equipe, todos estarão cientes de suas responsabilidades em relação ao tratamento de dados de seus clientes.

Além disso, os profissionais que atuarem de forma incoerente poderão responder judicialmente pela incoerência. Afinal, a empresa pode provar que cumpriu seu papel prestando as orientações necessárias ao colaborador. E mesmo nesse cenário, se o profissional decidiu por atuar de maneira inadequada, cabe realizar a apuração de quais motivos o fizeram tomar essa decisão, para que esse colaborador responda judicialmente por sua atitude.

Muitas empresas já estão investindo em conscientização A LGPD é uma lei relativamente nova, mas que está sendo anunciada ao longo dos últimos anos. Uma vez que, foi previsto em sua implementação um prazo para que as empresas cumpram as novas medidas necessárias para seguir a lei. Esse processo de mudança trazido pela LGPD fez com que muitas empresas começassem a investir em treinamento e conscientização de suas equipes.

Tendo por objetivo evitar vazamentos e problemas futuros. Afinal, a mudança na forma de lidar com os dados de consumidores é algo que precisa ser treinado. Fazendo uma verdadeira adaptação na rotina dentro da empresa. Portanto, é necessário que todos os colaboradores envolvidos em processos que lidam com os dados dos consumidores, aprendam uma nova forma de fazer o próprio trabalho diário. E isso fez com que, muitas empresas começassem a implementar uma nova cultura interna. Ao longo dos últimos 5 anos, houve um aumento de pouco mais de 10% de empresas que investiram em programas de conscientização de suas equipes.

Entre os anos de 2016 e 2019, cerca de 33% das empresas pesquisadas não contavam com nenhum investimento nesse tipo de treinamento. Entretanto, em 2020 o número caiu para 22%. Portanto, é possível inferir que já se tornou habitual para as empresas, destinar um budget exclusivo para treinar e orientar suas equipes. Aliás, não oferecer esse tipo de treinamento pode acabar sendo muito mais danoso do ponto de vista financeiro.

Quais são as ameaças à segurança da informação? Atualmente, as empresas consideram como ameaças mais relevantes relacionadas aos comportamentos dos usuários, os seguintes fatores:

• Crescimento de ataques de phishing (9%); • Maior preocupação em relação ao uso inadequado do e-mail profissional (16%); • Uso de grupos de trabalho em aplicativos de mensagens instantâneas (4%); • Visitas a sites maliciosos (11%); • Compartilhamento indevido em redes sociais (3%).

Considerando o cenário atual de trabalho no Brasil, que inclui uma rotina em que muitos profissionais atuam remotamente, é natural que essas sejam as principais ameaças percebidas. Entretanto, não existem apenas essas ameaças e por isso, todos os funcionários de sua equipe precisam estar sendo atualizados e treinados sobre a responsabilidade individual de todos em relação aos dados de seus clientes.

Prepare sua empresa para a LGPD Todas as empresas precisam se adequar a LGPD. E como dito anteriormente, é preciso entender que incoerências no tratamento dos dados de seus usuários podem desencadear multas e sanções legais. Portanto, todas as empresas devem investir em treinamento de suas equipes e manter todos os funcionários cientes de suas responsabilidades em relação a cada cliente.

Uma vez que, vazamentos mancham a reputação da marca, bem como são passíveis de multas que podem chegar a R$50 milhões dependendo de qual foi a proporção desse vazamento de informações. Deixar de investir em treinamento irá custar muito mais ao caixa de sua empresa que se possa imaginar. Não só pela possibilidade de problemas jurídicos, como também o problema de imagem que isso causa a empresa.

A sociedade não vê com bons olhos empresas que não se importam com os dados de clientes. Podendo ocasionar a dificuldade de fechar novas vendas e parcerias. Afinal, problemas com o vazamento de dados de usuários são questões que se espalham pela internet, manchando a reputação da marca.

De olho nisso, é interessante que sua empresa saia na frente e adote políticas internas para que seja possível seguir o que a lei orienta. Lidar de maneira adequada com os dados de seus clientes é um aspecto indispensável para manter a boa reputação da marca.

Além de ser útil para garantir a segurança de todos os demais dados. Afinal, um hacker que invade seu sistema quando um de seus colaboradores acessa um site não confiável, pode simplesmente sequestrar os dados financeiros da empresa, por exemplo.

E isso é o tipo de situação que causa danos irreversíveis ao negócio. Não é raro que hackers façam esse tipo de sequestro solicitando quantias exorbitantes para a devolução do banco de dados de seu negócio. Treinar sua equipe é também uma forma de proteger a integridade de seu negócio, garantindo o correto funcionamento do mesmo.

Que tal começar a investir em treinamento a partir de agora? Faça um planejamento financeiro e não deixe essa medida tão importante para depois.

Equipe Webby

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Murillo Webby

Murillo Rennó é fundador da Webby, uma agência web digital localizada em Sorocaba/SP desde 2012. Com uma vasta experiência no desenvolvimento e reformulação de websites profissionais para empresas em WordPress. Ao longo de sua carreira, Murillo liderou diversos projetos, ajudando empresas a se destacarem no competitivo mercado online. Sua abordagem inovadora e personalizada na gestão de projetos digitais tem sido fundamental para o sucesso de muitos negócios.