MUVERA: o novo algoritmo do Google e o que muda no SEO

MUVERA: o novo algoritmo do Google e o que muda no SEO

O MUVERA (Multi-Vector Retrieval via Fixed Dimensional Encoding) é a mais nova evolução do Google para entregar resultados de busca melhores, mais rápidos e precisos.

A essência do MUVERA está em organizar informações de forma muito próxima ao raciocínio humano, analisando não apenas as palavras isoladas de uma pesquisa, mas a intenção real por trás do que foi digitado.

Em vez de depender de um único vetor de dados para entender o significado de cada termo, o MUVERA trabalha com múltiplos vetores ao mesmo tempo, relacionando ideias, contextos e sentidos de forma mais completa.

Esse modelo multi-vetorial permite que o Google conecte perguntas e respostas de modo muito mais eficiente, mesmo que o usuário não use exatamente as palavras que aparecem nos conteúdos.

Para viabilizar isso em escala global sem deixar a busca mais lenta o MUVERA usa um recurso chamado codificação dimensional fixa.

Funciona assim: transforma conjuntos complexos de vetores em representações simplificadas, mas mantendo a riqueza do significado, e depois aplica filtros inteligentes para ranquear os resultados.

Vale lembrar que quem investe na criação de site profissional também precisa ficar atento ao MUVERA, pois a forma como o Google avalia relevância, experiência e qualidade técnica dos conteúdos vai impactar diretamente a visibilidade de um site nos resultados de busca.

Mais do que um site bonito, o que faz diferença de verdade é oferecer conteúdos consistentes, completos e bem otimizados, que realmente respondam à intenção de quem busca e gerem resultados e leads.

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Por que o Google atualiza tanto os algoritmos?

Se você acompanha as notícias de tecnologia, já percebeu que o Google nos últimos anos não para de ajustar seus algoritmos. Isso não é algo aleatório.

O objetivo é simples: manter a busca cada vez mais relevante para quem faz pesquisas e acompanhar as mudanças de comportamento das pessoas online.

Com a popularização de novos formatos de conteúdo, como vídeos curtos, podcasts e até buscas por voz, a forma de consumir informação mudou.

O Google precisa garantir que suas respostas continuem úteis, confiáveis e alinhadas ao que os usuários realmente esperam , seja lendo um texto, escutando um áudio ou fazendo uma pesquisa falada no celular.

Outro ponto importante é a própria evolução da inteligência artificial.

À medida que novas tecnologias surgem, o Google precisa adaptar seus sistemas para não ficar ultrapassado e também para evitar fraudes, tentativas de manipulação de ranking e conteúdos de baixa qualidade.

Essas atualizações constantes são parte do esforço do Google para proteger a experiência do usuário e garantir que sites bem estruturados, úteis e legítimos continuem sendo valorizados nos resultados de busca.

Principais atualizações de algoritmos do Google nos últimos anos

Para entender melhor onde o MUVERA se encaixa, vale relembrar algumas atualizações relevantes do Google nos últimos anos. Elas mostram como a busca vem evoluindo para priorizar relevância, experiência e confiança:

  • Core Web Vitals (maio/2021): Mediu a experiência de página considerando velocidade, estabilidade visual e interatividade. Virou fator de ranqueamento oficial.
  • Page Experience Update (jun/2021): Complementou os Core Web Vitals, avaliando HTTPS, navegação segura e ausência de pop-ups intrusivos.
  • Product Reviews Update (dez/2021 e abr/2023): Reforçou a valorização de resenhas reais e aprofundadas, punindo conteúdos rasos de avaliação de produtos.
  • Helpful Content Update (ago/2022, set/2023, mar/2024): Mirou conteúdos feitos apenas para ranquear, sem utilidade para o usuário, priorizando textos realmente úteis e originais.
  • March 2023 Core Update: Aprimorou sinais de autoridade e confiabilidade, afetando principalmente sites de saúde, finanças e notícias.
  • Reviews System (nov/2023): Consolidou e refinou o Product Reviews Update, tornando o algoritmo de resenhas contínuo.
  • March 2024 Core Update: Ajustou critérios de EEAT (especialidade, autoridade e confiabilidade) com impactos amplos em diversos nichos.
  • June 2025 Core Update: Provavelmente ligado ao MUVERA, focou em trazer respostas mais contextuais e personalizadas para buscas complexas.

Como o MUVERA funciona na prática?

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O MUVERA funciona como se fosse um superorganizador de ideias.

Em vez de olhar cada palavra separada da sua pesquisa, ele analisa várias palavras e expressões juntas, entendendo o sentido completo da frase e até o que você quis dizer, mesmo sem escrever certinho.

Isso é o chamado multi-vector retrieval: olhar vários sentidos ao mesmo tempo.

Para não deixar a busca pesada e lenta, o Google cria uma espécie de resumo inteligente, chamado vetor fixo. É como transformar um texto inteiro em um código bem compacto, mas que mantém o significado.

Assim, o Google consegue comparar rapidamente esse resumo com milhões de outros, sem precisar checar palavra por palavra.

Com essa tecnologia, a pesquisa fica muito mais rápida nos testes do Google, até 90% mais ágil e usa menos memória do sistema.

Isso significa resultados melhores para perguntas complexas, sem atrasos, e com muito mais precisão do que antes.

Como o MUVERA impacta estratégias de SEO e conteúdo

O MUVERA também aumenta a tolerância a variações linguísticas, identificando sinônimos e contextos de forma ainda mais sofisticada.

Isso reduz a dependência de palavras exatas e reforça a importância de conteúdos ricos semanticamente, cobrindo diferentes formas de expressão do mesmo conceito.

O MUVERA amplia a necessidade de conteúdos realmente relevantes, deixando para trás o excesso de palavras-chave e priorizando a intenção do usuário.

Estima-se que cerca de 60% das buscas já aconteçam em formato conversacional ou por voz, mostrando que o público espera respostas mais naturais e completas.

Para acompanhar esse movimento, estudos apontam que as páginas melhor ranqueadas no Google têm em média 1.400 a 1.500 palavras, sugerindo que conteúdos superficiais perderão força diante de algoritmos mais sofisticados.

Quem cria textos rasos ou genéricos tende a ver sua posição despencar.

Outro dado importante está na performance: o MUVERA permite buscas até 90% mais rápidas em tarefas complexas, o que eleva a concorrência pelo topo do ranking. Sites lentos ou confusos podem ser superados facilmente, pois a velocidade de carregamento e a clareza se tornam critérios ainda mais relevantes.

Formatos multimídia também ganham espaço. Dados de mercado indicam que conteúdos que combinam texto com imagens ou vídeos podem gerar até 94% mais visualizações, fator que o MUVERA tende a valorizar ao identificar materiais que respondem melhor à dúvida do usuário.

No fim, a mensagem é clara: quem quiser manter destaque precisa investir em conteúdo útil, aprofundado e tecnicamente otimizado, sem esquecer da experiência de navegação. O MUVERA não perdoa páginas mal estruturadas ou vazias de valor.

O que muda na prática para quem cria conteúdo?

Com o MUVERA, o Google passa a analisar ainda mais profundamente o contexto e a intenção do usuário, reduzindo a dependência de palavras-chave exatas.

Isso força quem produz conteúdo a repensar estratégias e priorizar qualidade real, contexto e experiência do visitante em vez de simplesmente tentar “enganar” o buscador.

Principais pontos que mudam na prática:

  • Foco maior na intenção de busca e não apenas na palavra exata
  • Necessidade de conteúdos aprofundados e completos
  • Mais atenção à experiência do usuário (tempo de carregamento, mobile, clareza)
  • Diversidade de formatos (texto, vídeo, áudios) para enriquecer a página
  • Links internos e externos bem estruturados
  • Monitoramento constante de desempenho e comportamento de busca

Além desses fatores, vale ressaltar que o MUVERA pode influenciar outros sistemas do Google, como recomendadores de conteúdo em vídeo ou áudio (por exemplo, no YouTube), já que o mesmo princípio multi-vetorial se aplica a qualquer tipo de dado.

Exemplo prático do novo algoritmo do Google aplicado a uma clínica

Imagine que alguém pesquisa no Google:

“dor no joelho após corrida, devo procurar ortopedista ou fisioterapeuta?”

Esse tipo de pergunta longa e conversada costumava confundir mecanismos de busca antigos, porque misturava sintomas, atividades e profissionais de saúde na mesma frase.

Antes do MUVERA, o Google poderia pegar apenas palavras-chave isoladas como “joelho”, “corrida”, “ortopedista” e mostrar qualquer página com esses termos, até mesmo um texto sobre corrida sem falar de dor, ou um ortopedista que não atende problemas de joelho.

Com o MUVERA, o algoritmo faz algo muito mais inteligente:

  • Ele entende que a pessoa corre
  • Que tem dor no joelho
  • Que quer saber se deve ir em ortopedista ou fisioterapeuta
  • E que isso está dentro de um contexto de tratamento de lesão esportiva

Ou seja, o MUVERA interpreta toda a intenção da pergunta, quase como um humano faria, e vai priorizar resultados de clínicas que realmente falem sobre lesões no joelho causadas por corrida, explicando se é caso de fisioterapia ou ortopedia.

Isso significa que uma clínica que tenha conteúdo completo sobre dores no joelho de corredores, sintomas, causas, e oriente quando procurar ortopedista ou fisioterapeuta vai ser muito mais valorizada, pois cobre exatamente a intenção do usuário.

Resumindo, o MUVERA não foca só nas palavras, mas sim no que a pessoa quer saber de verdade.
Isso faz com que empresas ou sites que tenham conteúdos aprofundados e focados na dúvida real do público ganharem muito mais destaque nas buscas do Google.

Dicas práticas de otimização para o algoritmo MUVERA

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Com o MUVERA mudando a forma como o Google interpreta relevância e intenção de busca, vale ajustar algumas práticas de SEO para não perder competitividade.

O algoritmo prioriza contextos completos, conteúdo realmente útil e experiência do usuário em todos os dispositivos. Ou seja, não basta “encher de palavras-chave”, é preciso oferecer respostas claras e bem organizadas, dentro de páginas técnicas rápidas e confiáveis.

Principais pontos para otimizar:

  • Produza conteúdo que vá além de repetir termos, explicando de forma natural e aprofundada o tema da busca
  • Garanta boa performance técnica, como tempo de carregamento rápido e layout responsivo
  • Organize as informações de modo escaneável, com títulos claros e subtítulos relevantes
  • Use dados e exemplos reais sempre que possível, aumentando a autoridade
  • Trabalhe linkagem interna coerente, favorecendo a navegação entre assuntos relacionados
  • Monitore métricas de experiência (taxa de rejeição, tempo de permanência, cliques) e ajuste constantemente
  • Adote diferentes formatos, como texto, imagem, vídeo e áudio, pois o MUVERA valoriza diversidade de respostas

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FAQ sobre o algoritmo MUVERA do Google

1) O que é o MUVERA, em termos práticos?
MUVERA significa Multi-Vector Retrieval via Fixed Dimensional Encoding. Ele substitui a busca tradicional de vetores únicos por buscas multi-vetoriais compactadas, permitindo entender melhor contextos e intenções de busca. Nos testes da própria equipe do Google Research, o algoritmo conseguiu reduzir o tempo de busca em até 90% e diminuiu o uso de memória em até 32x sem comprometer a precisão.

2) O MUVERA já está em funcionamento em larga escala?
O Google não confirmou oficialmente a aplicação total do MUVERA na Busca global, mas o modelo já está validado em benchmarks como o BEIR, onde atingiu até 10% mais recall em consultas complexas, e há fortes indícios de testes em ambientes reais, integrando também sistemas de recomendação (como o YouTube).

3) Quais mudanças de SEO ele deve trazer?
O MUVERA reforça uma tendência de otimização para intenção de busca, priorizando respostas claras, completas e relevantes. Segundo dados do Search Engine Journal, páginas focadas apenas em palavras-chave podem perder até 40% de relevância em consultas long-tail, caso não adaptem conteúdo para linguagem natural e contexto.

4) Em que MUVERA impacta a performance técnica dos buscadores?
A técnica de Fixed Dimensional Encoding permite reduzir a quantidade de comparações entre documentos vetoriais de forma exponencial. Por exemplo, em testes internos, o número de candidatos para re-ranqueamento caiu de forma 5 a 20 vezes para atingir o mesmo nível de recall, otimizando latência e escalabilidade.

5) O algoritmo também afeta vídeos, imagens e outros formatos?
Sim, porque a abordagem multi-vetorial se aplica a qualquer tipo de dado vetorizável. Isso significa que o MUVERA pode melhorar a precisão de buscas em vídeos (como no YouTube), imagens, áudios e até resultados em tempo real, sem precisar processar cada token de forma individual e custosa.

6) Existe algum risco de perder tráfego com o MUVERA?
Sites que não atualizam conteúdos antigos ou que abusam de técnicas de repetição de palavras podem sofrer quedas de tráfego. Um levantamento de casos (como o da DMARGE, na Austrália) mostrou perda de até 95% do tráfego após atualizações de algoritmo, por não atender critérios de relevância e qualidade definidos pelos novos sistemas.

7) Quais ações práticas ajudam a se adaptar ao MUVERA?

  • Organizar conteúdos em tópicos completos e aprofundados
  • Revisar conteúdos antigos para garantir relevância
  • Trabalhar links internos e externos de forma natural
  • Otimizar a velocidade e a responsividade do site
  • Investir em formatos diversos (texto, vídeo, áudio, infográficos)
  • Monitorar as atualizações do Core Update do Google
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Murillo Webby

Murillo Rennó é fundador da Webby, uma agência web digital localizada em Sorocaba/SP desde 2012. Com uma vasta experiência no desenvolvimento e reformulação de websites profissionais para empresas em WordPress. Ao longo de sua carreira, Murillo liderou diversos projetos, ajudando empresas a se destacarem no competitivo mercado online. Sua abordagem inovadora e personalizada na gestão de projetos digitais tem sido fundamental para o sucesso de muitos negócios.