Algoritmo do Google: Por que ele muda tanto?

Saber como o algoritmo do Google funciona é a maior ambição de qualquer especialista em SEO. No entanto, a gigante não liberaria essa informação para qualquer pessoa, pois isso significaria abusar de possíveis falhas do algoritmo. Acredite se quiser, esse tipo de abuso era feito nos primórdios da internet.
É muito importante destacar que compreender o algoritmo do Google não é a coisa mais importante para um conteudista. Na verdade, talvez seja uma das menos importante na hora de construir um site de qualidade. Calma, eu sei que parece algo estranho, mas já vamos explicar a razão disso tudo.

Foco no usuário, não no algoritmo do Google
O maior erro cometido por quem trabalha com conteúdo para a Web é simplesmente esquecer do usuário e focar no mecanismo de busca. Porém, é importante lembrar que seu conteúdo é para seres humanos, não para máquinas.
Dessa forma, seu site pode até ficar bem ranqueado, mas não terá a efetividade que você espera que tenha. A razão disso? A máquina irá adorar seu site, mas as pessoas não. Por isso foi dito que não existe uma grande relevância em entender o algoritmo do Google, mas sim focar no usuário.

Outro ponto importante é que se você criar seu conteúdo focado no usuário naturalmente ficará bem aos olhos da máquina também. Isso acontece pois conforme o tempo passa temos tecnologias que conseguem catalogar coisas como o cérebro humano.
Além disso, é muito interessante para os buscadores compreenderem o que as pessoas querem: quanto melhor suas buscas, mais elas irão usá-lo. Dessa forma, se você focar no usuário acabará por, eventualmente, ser privilegiado pelos mecanismos de busca. Vamos entender um pouco melhor como o Google funciona.

Como o algoritmo do Google funciona
O mecanismo de busca do Google é um algoritmo com um propósito bastante simples: responder a uma dúvida do usuário. Para realizar essa tarefa (que muitas vezes é extremamente difícil), ele conta com um método que consiste em 4 passos:
● Rastreamento na Web;
● Elaboração de índice;
● Análise do conteúdo da página;
● Métricas de qualidade

Em suma, é feito um rastreamento de conteúdo em toda a internet, que faz a primeira seleção de conteúdo e suas respectivas páginas. Com todo esse conteúdo é construída uma base de dados, que posteriormente é processada pelo algoritmo do Google e classificada de acordo com suas regras.
Não poderia ser mais simples, não é mesmo? O problema é que a forma de classificação do Google sempre está mudando, e consequentemente suas regras também. Isso significa que um conteúdo bem ranqueado hoje pode não fazer sucesso amanhã.

Você já imaginou o que o Google encontra em sua varredura? Pense que foi utilizada a palavra-chave “manga” no buscador, ele deve apresentar uma manga de camisa ou a fruta manga? Além disso, qualquer post de redes sociais, por exemplo, que contenha a palavra “manga”, deve ser catalogado? Que problemão.

Quando procuramos por alguma coisa no Google, temos o seguinte processo acontecendo:
● Apresentar os termos ao buscador;
● Realização de busca direto no índice;
● Contraste entre relevância e qualidade;
● Resultado da busca.

Com esse passo-a-passo do buscador, ele consegue te enviar técnicas de costura ao invés de apresentar vídeos estranhos envolvendo agulhas e a fruta manga, quando a pergunta “como costurar uma manga” é feita. Além disso, tudo é feito em milésimos de segundos.

O que o Google mais leva em conta?
Como dito anteriormente, o algoritmo do Google é desenvolvido para responder uma pergunta feita pelo usuário. Dessa forma, as principais características levadas em conta são a qualidade e a relevância do conteúdo.
Porém, lembre-se que a relevância e qualidade são para o próprio USUÁRIO, não para o mecanismo de busca em si.

Tenha em mente que, conforme a tecnologia avança, o buscador fica mais preciso na classificação de conteúdo.
Aquelas dicas que especialistas em SEO sempre dão são apenas um guia para quem quer criar conteúdo na internet. São elas:
● Conquistar links externos;
● Ajustar melhor seu site;
● Fazer conteúdo extenso;
● Melhorar o código do site.

Nenhuma dessas dicas vai garantir que seu site fique no topo das buscas realizadas no Google. Para conseguir esse feito, deve haver uma harmonia entre diversos fatores fora os citados. O maior problema disso tudo é que ninguém sabe exatamente como o buscador funciona, mas apenas temos uma vaga ideia.

Por que o Google muda tanto?
Nesse ponto do artigo você já deve ter encontrado a resposta para essa pergunta: ele muda para privilegiar o usuário. Dessa forma, suas mudanças visam entregar o melhor conteúdo disponível em toda a internet para responder uma pergunta realizada em seu mecanismo.

Porém, como citamos anteriormente, existem vários problemas quando uma máquina lê um conteúdo. O maior deles, por exemplo, é o fato de não conseguir distinguir entre manga de camisa e a fruta manga. É claro que esse é apenas um exemplo, mas deixa bastante claro os desafios do buscador.
De fato, a melhor forma de realizar uma busca 100% efetiva seria com o uso de pessoas. Assim teríamos pessoas vasculhando a internet para encontrar a melhor resposta para a pergunta. O problema disso? Iria levar anos para receber o resultado de uma busca simples.

Dessa forma, a única saída para o Google é fornecer um algoritmo que faça esse trabalho. No entanto, ele deve ser extremamente eficiente e preciso em sua função. É por isso que o algoritmo do Google muda tanto: ele está sempre se aperfeiçoando.

Porém, há outra razão para alterar o algoritmo, sendo a diminuição de brechas apresentadas pelo buscador. Vamos entender melhor esse problema.

Exemplo de brecha que o Google já teve
Observe a palavra “teve” no título, ela foi colocada ali para te impedir de tentar explorá-la. Como a maioria das brechas óbvias do buscador, essa também foi resolvida em pouco tempo, não sendo mais aplicável hoje.
Há um tempo atrás, o buscador usava um algoritmo bastante arcaico e simples: o site que apresentasse a maior densidade da palavra-chave de interesse ficava no topo. Dessa forma, se seu conteúdo fosse a palavra-chave repetida 1000 vezes, é bem provável que seria a primeira opção do Google.

Porém, o problema óbvio é que nem sempre esse conteúdo era interessante para o usuário, além de não haver um refinamento na pesquisa. Dessa forma, ao pesquisar por “manga”, a página que tivesse maior densidade dessa palavra seria melhor ranqueada, não importando se era manga de camisa ou a fruta manga.
Uma brecha bastante simples de ser usada era o cloaking: o buscador via uma coisa e o usuário outra. Assim o buscador iria ver um spam da palavra-chave de interesse, mas o usuário veria outra página da web. Essa técnica é utilizada até hoje, mas também sofreu alterações.
Essa brecha favorecia conteúdos que muitas vezes não eram interessantes ao usuários, principalmente relacionados à venda de produtos digitais.

Nos dias de hoje temos a busca por semântica de conteúdo. Assim, mesmo que seu site tenha a palavra-chave repetida várias vezes, se ele não for coerente com o interesse do usuário seu ranqueamento será ruim.
A melhor forma de entender as mudanças no algoritmo do Google é monitorando suas atualizações.

Monitorando o algoritmo
Entender e estar por dentro das modificações no algoritmo do Google pode significar um bom ranqueamento de sua página no motor de busca. No entanto, como podemos ficar a par das alterações no algoritmo? A melhor alternativa são as redes sociais.

Nada melhor do que coletar a informação direto da fonte, principalmente de um engenheiro ou representante oficial do Google. Por isso, procure acompanhar a equipe no Twitter e nas demais mídias sociais.
Sempre que uma mudança é feita no algoritmo, eles anunciam para todos ficarem sabendo. Porém, como você já deve ter imaginado, eles falam apenas o necessário. Isso pode causar um ataque de ansiedade em pessoas obcecadas pelo mecanismo de busca.
É possível acompanhar as patentes do Google ao redor do mundo, e se tiver sorte poderá encontrar mais detalhes acerca da atualização do algoritmo do buscador.
Além disso, é possível determinar as mudanças por correlação de variáveis. Isso significa que acompanhar mudanças no site e as eventuais alterações de tráfico podem apresentar informações valiosas.

No entanto, mesmo com todas essas informações correlacionadas, ainda temos um problema grave: correlação não é certeza. Assim, mesmo que tenha muitos indicativos sobre o buscador, pode ser que tudo não passe de um devaneio.
Além disso, correlação significa que duas cosias distintas sofreram modificações em um mesmo espaço de tempo. Dessa forma, não aponta nenhuma verdade, mas sim uma possível ligação entre as partes. No entanto, pode ser apenas uma grande coincidência.

Se você está se sentindo perdido quanto ao que deve fazer, veja algumas dicas para garantir um bom ranqueamento nos mecanismos de busca.

Táticas para se dar bem no Google
Entender o algoritmo do Google é algo importante, mas não vital. Na verdade, é mais importante que se faça um bom conteúdo do que qualquer outra coisa. A medida que a tecnologia avançar, mais a qualidade terá peso na métrica.

1 – Você trabalha para as pessoas
Já estamos cansados de falar que o algoritmo não é tão importante, mas as pessoas são. Você deve sempre dar mais atenção ao que seu público gosta de consumir na internet. Dessa forma evitará penalidade de ranqueamento no futuro.

Já viu uma página de spam de palavra-chave quando procurava por algo no Google? Tenho certeza que não. Lembre-se que essa foi uma ótima estratégia para ficar bem ranqueado no passado. No entanto, nos dias de hoje essas páginas desapareceram completamente.

Tenha sempre esse exemplo em mente quando for criar conteúdo para a Web: será que estou ajudando alguém? Meu conteúdo é relevante para minha persona? Estou sendo claro e conciso em minha escrita? Foque em qualidade e seu site só tende a subir no ranqueamento do Google.

2 – Procure usar funções novas
Essa é uma dica de ouro que não se ouve muito por aí. Quando uma nova função aparece no mercado, a tendência é haver um grande hype acerca dela. Dessa forma, se você fizer uso da nova funcionalidade, a chance de ser melhor ranqueado aumenta demais.

Aproveitar o embalo que as grandes empresas proporcionam é uma estratégia muito interessante. Não é todo dia que podemos conseguir alguns links associados com o Facebook, por exemplo. Além disso, ter seu nome associado a uma empresa desse porte só trará bons resultados.

3 – Sempre inove em seu formato
A inovação é a engrenagem do mundo moderno. Empresas que não inovam também não sobrevivem no mercado atual. Como era de se esperar, inovar em suas técnicas e formato de site e conteúdo também é importante.
Isso se baseia, basicamente, no fato de que tudo vai mudar uma hora. Assim suas técnicas que estão funcionando bem hoje podem não funcionar amanhã. Porém, se você estiver sempre realizando pequenas alterações e mensurando seus impactos, a chance de acompanhar as mudanças é enorme.

Saia da zona de conforto e procure investigar o que está acontecendo no mundo a sua volta. Preste bastante atenção em seus “oponentes” de mercado e suas sutis mudanças de formato. Eles podem ter percebido algo que você ainda não notou sobre o algoritmo do Google.

4 – Não existe milagre
Não caia na falácia do sucesso milagroso que muitos por ai propagam. O sucesso é um objetivo que é alcançado dia após dia, e deve ser feito por meios de degraus e micropassos consistentes.
Dessa forma, se algo parece bom demais para ser verdade, há uma grande chance de não ser verdade. Bots que buscam curtidas, automatizações de seguidores e coisas do tipo realmente existem, mas podem causar penalidades para quem as utiliza.

O ideal é fazer uso discreto dessas tecnologias, dando sempre preferência à forma convencional de engrandecimento de sua marca. Isso evita, por exemplo, que sua marca seja “queimada” pelas redes sociais ou que sofra penalidades severas nos buscadores.

Equipe Webby

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